sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sonhos para mudar Moçambique!


Desengane-se quem pensa que, ao participar no Concurso Literário Eu Tenho Um Sonho, Francisco Joaquim Pedro Chuquela, o primeiro classificado do evento, tinha em mente os benefícios materiais que da sua eventual vitória poderiam advir. A verdade é que, conforme considera, “eu precisava de desabafar”.

Render-se à Ilusão de Óptica!

À semelhança do que sucede na Música Para Surdos e Mudos, na conversa que travámos com Níria Fire aprendemos que, às vezes, os Homens têm dificuldades de falar. No entanto, o mesmo já não se deve considerar em relação às obras que compõem a Ilusão de Óptica. Perante as telas, instalou-se-nos um (novo) desafio: desvendar as suas mensagens...



Para os leitores mais atentos, quando analisada ao pé da letra, a nossa introdução pode sugerir a ideia de um grande contra-senso: “como é que uma pessoa (no caso, a autora das telas que compõem a mostra Ilusão de Óptica) pode falar e dizer menos – ou quase nada – que as suas criaturas artísticas?” Se a inquietação tiver sido formulada desta forma, nada mais nos resta do que reconhecer a sua legitimidade.

Marginalizar a marginalização!


Podiam ser a metáfora da ruína em que se encontra a Avenida Marginal na Baía de Maputo. No entanto, a verdade é que nem o elevado custo de vida com que se debatem na capital os arruína. Resgatando os desperdícios em que determinados objectos se transformam depois de usados, os membros da Associação de Fomento da Escultura Maconde (AFEMA) imortalizam a mais antiga forma de produção da herança cultural da humanidade, o artesanato, e garantem a (própria) sobrevivência.

Quando a doença é (apenas) uma imaginação!


No fim do semestre passado, tivemos a oportunidade de assistir a peças teatrais protagonizadas pelos estudantes do Curso de Teatro da Escola de Comunicação e Arte, em Maputo. Entre as obras, ficámos impressionados com O Doente Imaginário de Molière. Um possível retrato da sociedade que se edifica no país...