À semelhança do que sucede na Música Para Surdos e Mudos, na conversa que travámos com Níria Fire aprendemos que, às vezes, os Homens têm dificuldades de falar. No entanto, o mesmo já não se deve considerar em relação às obras que compõem a Ilusão de Óptica. Perante as telas, instalou-se-nos um (novo) desafio: desvendar as suas mensagens...
Para os leitores mais atentos, quando analisada ao pé da letra, a nossa introdução pode sugerir a ideia de um grande contra-senso: “como é que uma pessoa (no caso, a autora das telas que compõem a mostra Ilusão de Óptica) pode falar e dizer menos – ou quase nada – que as suas criaturas artísticas?” Se a inquietação tiver sido formulada desta forma, nada mais nos resta do que reconhecer a sua legitimidade.